Sua saúde
O planejamento sexual e reprodutivo é muito importante para a sua saúde e sua vida, seja você adolescente ou adulto.
Como indivíduo, você é livre para decidir, de forma consciente, se quer ou não ter filhos, quantos e em que momento da sua vida. Para isso, existem os métodos de contracepção modernos que listamos aqui.
Como cidadão, você tem direito ao acompanhamento por um profissional de saúde na sua escolha, acesso aos métodos contraceptivos disponíveis e à informação correta para uma decisão livre e consciente.
É importante saber que todos os métodos contraceptivos modernos ajudam a prevenir gravidez. E o melhor é aquele que funciona bem para quem faz uso dele.
Por isso é importante conhecer cada um deles e fazer a melhor escolha para a própria vida.
Camisinha masculina
A camisinha masculina, também conhecida como “preservativo” ou “condom”, consiste em uma cobertura que pode ser de látex ou de poliuretano — para pessoas alérgicas ao látex. Ele recobre o pênis durante o ato sexual e retém o esperma na ocasião da ejaculação.
Usar a camisinha masculina é simples. Ela é aplicada diretamente no pênis ereto e desenrolada sobre ele. A camisinha masculina é um método contraceptivo de barreira, pois impede o contato do pênis com a vagina e, consequentemente, com seus microrganismos. É um método que, além de evitar a gravidez, reduz o risco de transmissão do HIV — vírus da imunodeficiência humana — e de outros agentes sexualmente transmissíveis.
No caso de ruptura durante o ato sexual, a camisinha masculina deve ser substituída imediatamente. Quando isso acontecer, mesmo após a substituição do preservativo, a pílula do dia seguinte pode ajudar a evitar uma possível gravidez.
É importante guardar a camisinha masculina em lugar fresco, seco e de fácil acesso. Devem-se observar: as condições da embalagem, que não pode estar danificada; e o prazo de validade, que não pode estar vencido.
A camisinha masculina é considerada um método completo, pois, além de evitar a gravidez, protege de DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite.
Além disso, a camisinha masculina é prática. Ela é usada apenas na hora da relação sexual e não atrapalha o prazer.
A camisinha masculina pode falhar. Isso não é frequente, mas pode acontecer. Por isso, o uso de outro método contraceptivo deve ser sempre associado à camisinha masculina, reduzindo o risco de gravidez por falha no seu uso.
Não. A camisinha masculina impede apenas que microrganismos da vagina entrem em contato com o pênis e vice-versa. Mas ela não interfere na produção de hormônios masculinos nem no desempenho sexual.
Adolescentes e adultos, homens ou mulheres, têm direito à retirada gratuita de camisinhas masculinas em unidades públicas de saúde. Está garantido por lei.
Qualquer pessoa pode obter a camisinha masculina no posto de saúde sem precisar passar por consulta. Em algumas cidades também existem pontos de distribuição de camisinha masculina em estações de trem, metrô e centros de atendimento aos turistas, entre outros lugares.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Anticoncepcional oral
O anticoncepcional oral é feito de hormônios parecidos com os que são produzidos pelos ovários das mulheres, como o estrogênio e a progesterona. Ele age impedindo a ovulação e também dificultando a passagem dos espermatozoides para o interior do útero. Ele é muito eficaz quando usado corretamente.
Os comprimidos do anticoncepcional oral agem impedindo a ovulação.
Existem dois tipos de anticoncepcional oral: as pílulas combinadas, que contêm estrogênio e progesterona; e as minipílulas, que contêm só progesterona.
A pílula deve ser tomada todos os dias, de preferência no mesmo horário, de acordo com as instruções da bula ou do médico. Algumas são tomadas ininterruptamente, cessando a menstruação, e outras preveem pausas periódicas, nas quais ocorre o sangramento menstrual. Porém, quando se usa pílula, pode haver diminuição do fluxo.
Não há necessidade de eventualmente interromper o uso da pílula para “descansar” o corpo, porque ela não se acumula no organismo. E a usuária de anticoncepcional pode voltar a engravidar logo após ter parado de tomar a pílula.
A mulher deve informar sobre o uso dos anticoncepcionais orais sempre que for a qualquer consulta, mesmo que isso não lhe seja perguntado, para que o médico possa avaliar eventuais sintomas e interações medicamentosas.
O anticoncepcional oral é muito eficaz e prático quando usado corretamente, podendo ser tomado em qualquer lugar, no horário fixo escolhido pela mulher.
O organismo da mulher pode levar um tempo para se adaptar ao anticoncepcional oral. Por isso, algumas mulheres podem apresentar efeitos colaterais nos primeiros meses de utilização, como atraso ou falta da menstruação, dor de cabeça leve, tonteira, dor nas mamas ou mudanças de humor. Esses efeitos não são perigosos e, na maioria das vezes, desaparecem. Sendo assim, considerando a proteção oferecida pelo método, a mulher não deve interromper o uso do anticoncepcional quando esses problemas surgirem. Se eles continuarem por mais de três meses, a mulher deve procurar o serviço de saúde para estudar outras opções.
A pílula anticoncepcional não protege de DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Por isso, é sempre importante utilizar a camisinha masculina ou feminina.
Não. O anticoncepcional oral pode causar efeitos colaterais, principalmente durante os primeiros meses de uso, mas não altera o desempenho sexual e não diminui o prazer sexual da mulher. Porém o uso prolongado pode levar a uma diminuição do desejo sexual (libido) dela.
Todas as mulheres em idade fértil, desde que não existam condições de saúde que impeçam.
As pílulas combinadas podem ser usadas na adolescência, desde a primeira menstruação, e a minipílula pode ser usada após os 16 anos.
É necessário passar por uma consulta com o ginecologista, que vai avaliar se o anticoncepcional oral é seguro para a paciente.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Anticoncepcional injetável
O anticoncepcional injetável é feito de hormônios parecidos com que são produzidos pelos ovários das mulheres, como o estrogênio e a progesterona. Ele é aplicado por meio de uma injeção, todos os meses ou a cada três meses, dependendo do tipo utilizado.
O anticoncepcional injetável age impedindo a ovulação. Ele também atua dificultando a passagem dos espermatozoides para o interior do útero.
Existem dois tipos de injeção anticoncepcional. Aquela que é aplicada uma vez por mês é a injeção mensal. A que é aplicada de três em três meses é a injeção trimestral.
Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher retorna em pouco tempo. Já com a injeção trimestral, pode haver um atraso maior no retorno da fertilidade da mulher. Em média, demora cerca de quatro meses para que o efeito da injeção termine.
A mulher deve informar sobre o uso do anticoncepcional injetável sempre que for a qualquer consulta, mesmo que não lhe seja perguntado, para que o médico possa avaliar eventuais sintomas e interações medicamentosas.
O anticoncepcional injetável é muito eficaz quando usado corretamente e não depende que a mulher ou adolescente se lembre de usá-lo diariamente.
Outra vantagem é que a injeção trimestral pode ser usada durante a amamentação. Neste caso, seu uso deve ser iniciado seis semanas após o parto.
O anticoncepcional injetável pode causar efeitos colaterais, principalmente nos três primeiros meses de uso. Quando uma mulher começa a usá-lo, seu organismo pode precisar de um tempo para se adaptar. Por isso, podem surgir efeitos colaterais nos primeiros meses de utilização, como atraso ou falta da menstruação, aumento de peso, dor de cabeça leve, tonteira, dor nas mamas ou mudanças de humor. Esses efeitos não são perigosos e, na maioria das vezes, desaparecem com o tempo. Por isso também não devem ser justificativa para a mulher interromper o uso da injeção. Entretanto, se os sintomas continuarem por mais de três meses, a mulher deve procurar o serviço de saúde para que sejam avaliadas outras opções.
O anticoncepcional injetável não protege contra DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Para isso, é sempre importante usar camisinha masculina ou feminina.
Não. As injeções anticoncepcionais podem causar efeitos colaterais, principalmente durante os primeiros meses de uso, mas não alteram o desempenho sexual e não diminuem o prazer sexual da mulher. O uso prolongado, porém, pode levar a uma diminuição do desejo sexual (libido).
Todas as mulheres em idade fértil, desde que não existam condições de saúde que impeçam. A injeção mensal pode ser usada na adolescência, desde a primeira menstruação. A trimestral pode ser usada após os 16 anos.
É necessário passar por uma consulta com o ginecologista, que vai avaliar com a paciente qual o melhor método para ela.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
DIU
O DIU — dispositivo intrauterino — é uma pequena peça, que pode colocada no interior do útero para evitar a gravidez. Existem duas categorias de DIU: os medicamentosos, que contêm hormônio; e os não medicamentosos, que são feitos de plástico, plástico com cobre ou plástico com cobre e prata, sem o uso combinado de medicamentos.
Existem diversos modelos de DIU, mas o mais usado é o “T” de cobre. Chama-se assim porque tem a forma da letra “T” e é recoberto com fios de cobre, que agem contra os espermatozoides.
O DIU de cobre libera continuamente íons de cobre na cavidade uterina. Isso previne a fertilização, inativando ou matando os espermatozoides, antes mesmo que eles se encontrem com o óvulo. Sendo assim, o DIU não provoca aborto.
A colocação do DIU no interior do útero deve ser feita por um profissional de saúde treinado. E a fertilidade da mulher, ou seja, a sua capacidade de engravidar, retorna logo após a retirada do DIU.
O DIU é um método muito eficaz e durável. O modelo de cobre, TCu 380A, dura até 10 anos após a sua colocação no útero. Durante esse período, a mulher não engravidará.
O dispositivo intrauterino pode ser retirado a qualquer momento, se a mulher assim desejar ou se apresentar algum problema, retornando à sua fertilidade normal.
O DIU de cobre está disponível no SUS — Sistema Único de Saúde — e pode ser usado de forma segura também por adolescentes e por mulheres que nunca tiveram filhos.
A mulher que usa DIU pode apresentar aumento do sangramento e da duração da menstruação, além de cólicas. Esses efeitos não trazem problemas para a saúde, a menos que a mulher tenha anemia severa, e costumam melhorar entre 4 e 6 meses após a sua inserção.
O DIU não protege contra DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Para isso, é sempre importante usar camisinha masculina ou feminina.
Não. Nada muda em relação à vida sexual. O DIU não atrapalha a mulher e não machuca o pênis durante a relação sexual.
Todas as mulheres em idade fértil, desde que não existam condições de saúde impeditivas. Isso vale para todas as adolescentes, de qualquer idade, desde que não existam condições de saúde que contraindiquem seu uso.
É necessário passar por uma consulta com o ginecologista, que vai avaliar, junto com a paciente, se o DIU é uma opção segura para ela.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional de emergência, utilizado para evitar gravidez indesejada após uma relação sexual desprotegida.
A pílula do dia seguinte age impedindo ou retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos espermatozoides de fecundarem o óvulo. A pílula anticoncepcional de emergência não é abortiva, porque ela não interrompe uma gravidez já estabelecida.
Ela pode ser usada a qualquer momento após a relação, inclusive no mesmo dia, não sendo necessário esperar até o dia seguinte. O ideal é que ela seja utilizada até cinco dias após a relação sexual desprotegida, sendo mais eficaz se tomada até 72 horas depois. Quanto mais rápido, maior a sua eficácia.
É possível tomar os dois comprimidos de uma só vez. Ou tomar em duas doses: a primeira, até 5 dias após a relação sexual; e a segunda, 12 horas após a primeira pílula.
É um método de emergência importante, podendo ser útil em muitas situações como:
- relação sexual sem uso de nenhum método anticoncepcional;
- rompimento da camisinha;
- deslocamento do diafragma ou sua retirada antes de seis horas após a relação sexual;
- esquecimento de tomar pílulas ou atraso na aplicação de anticoncepcionais injetáveis;
- estupro.
A pílula do dia seguinte está disponível pelo SUS — Sistema Único de Saúde — e pode ser retirada por qualquer pessoa, mesmo adolescentes, sem explicações ou necessidade de receita.
A pílula do dia seguinte não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo outro método. Deve ser usada apenas em casos emergenciais, porque a dose de hormônio é grande e, em excesso, pode ser prejudicial à saúde.
A pílula do dia seguinte não protege contra DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Para isso, em casos de relação desprotegida, o SUS oferece a PEP — profilaxia pós-exposição de risco —, que utiliza medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infecção. Ela deve ser iniciada o mais rápido possível, podendo ser feita até 72 horas após a exposição. A duração desse procedimento é de 28 dias e prevê a realização de exames mesmo depois disso.
Todas as mulheres em idade fértil, desde que não existam condições de saúde impeditivas.
A pílula do dia seguinte é fornecida pelo SUS, em hospitais públicos e postos de saúde, tanto para mulheres quanto para homens, sem necessidade de receita ou consulta. Da mesma forma, adolescentes têm direito a obter a pílula do dia seguinte, bastando solicitar na unidade de saúde.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Laqueadura
A laqueadura é uma cirurgia simples, realizada na mulher para evitar a gravidez. É um método anticoncepcional considerado permanente ou irreversível, porque, depois de feita a cirurgia, é muito difícil recuperar a capacidade de ter filhos de forma natural.
Nessa cirurgia, as duas trompas podem ser cortadas e amarradas, cauterizadas ou ainda fechadas com grampos ou anéis. A ligadura de trompas age impedindo que os espermatozoides se encontrem com um óvulo maduro dentro das trompas e assim realizem a fecundação.
É necessário usar anestesia geral ou bloqueio medular (raquianestesia ou peridural) e, dependendo da técnica utilizada, a mulher fica internada por algumas horas ou por até um ou dois dias.
Depois da laqueadura, a mulher não poderá mais ter filhos pelas vias naturais, uma vez que a ligadura das trompas não permite mais o encontro de um espermatozoide com um óvulo da forma convencional. Mas é possível ainda ter filhos usando técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial.
A laqueadura é um método seguro para evitar a gravidez, com menos de 1% de falha. Por ser definitivo, não exige que a mulher tenha outros cuidados. É também um método físico, não sendo necessário utilizar pílulas ou outros medicamentos para que ele seja eficaz.
A laqueadura é um método cirúrgico. Sua reversão é muito difícil e demanda nova cirurgia.
A laqueadura não protege de DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Por isso, é sempre importante utilizar a camisinha masculina ou feminina.
Não. Nada muda em relação a vida sexual. A laqueadura apenas impede o encontro do óvulo com o espermatozoide, não interferindo na produção de hormônios femininos, no desempenho sexual ou no prazer sexual da mulher.
Qualquer mulher com mais de 25 anos tem direito a fazer laqueadura. A mulher com mais de dois filhos, mesmo antes dos 25 anos, também pode fazer. Se for casada, no entanto, é necessária a autorização do marido.
Quando a mulher apresenta condições especiais de saúde, cuja gravidez possa colocar em risco sua vida, sua saúde ou a saúde de um possível bebê, é possível fazer o procedimento antes dos 25 anos, mesmo que ainda não tenha tido filhos.
A Lei do Planejamento Familiar em vigor proíbe a realização da ligadura de trompas durante o período de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade.
No SUS — Sistema Único de Saúde —, a cirurgia de laqueadura é um direito que faz parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Para conseguir a cirurgia, o primeiro passo é procurar uma UBS — Unidade Básica de Saúde — e passar por uma avaliação. Feito isso, o médico encaminha a paciente para um especialista, que dará todas as orientações e programará a cirurgia.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Vasectomia
A vasectomia é uma cirurgia simples e rápida. O médico aplica uma anestesia local e retira um fragmento de cada um dos dois canais que levam os espermatozoides dos testículos ao pênis. O procedimento é breve: leva de 15 a 20 minutos e não há necessidade de internação hospitalar, podendo ser realizada no próprio consultório médico. Em poucos meses, o sêmen (líquido que é ejaculado durante o ato sexual) não conterá mais espermatozoides, impossibilitando o homem de ter relações que resultem em gravidez.
A cirurgia interrompe a circulação dos espermatozoides produzidos pelos testículos e conduzidos para os canais que desembocam na uretra, impedindo a gravidez. Ainda assim, a vasectomia não interfere na atividade sexual.
Depois da cirurgia, é fundamental ainda utilizar outro método anticoncepcional por 60 dias, aproximadamente, pois alguns espermatozoides podem continuar vivos dentro do canal.
Depois da vasectomia, o homem não poderá mais ter filhos pelas vias naturais, mas é possível, sim, ter mais filhos usando técnicas de reprodução assistida.
A cirurgia da vasectomia é mais simples que a da laqueadura, sendo um método seguro para evitar a gravidez, com menos de 1% de falha. Por ser definitivo, não exige que o homem tenha outros cuidados. Não é necessário interromper o ato sexual para utilizar um método contraceptivo e, passados 2 meses da cirurgia, não é necessário que a parceira utilize pílulas ou outros métodos para evitar a gravidez.
A vasectomia é um método cirúrgico. Sua reversão é muito difícil e demanda nova cirurgia.
A vasectomia não protege contra DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Por isso, é sempre importante utilizar a camisinha masculina ou feminina.
Não. Nada muda em relação à vida sexual. Muitos homens se recusam a fazer essa cirurgia porque imaginam que ela possa provocar distúrbios de ereção. Mas isso não acontece.
Após a vasectomia, o líquido produzido na próstata e na vesícula seminal continua sendo eliminado normalmente durante a ejaculação. Além disso, não há interferência na função erétil ou na potência sexual, uma vez que os nervos e vasos sanguíneos responsáveis pela ereção do pênis não estão envolvidos na cirurgia.
A vasectomia impede apenas que o homem tenha filhos, mas não interfere na produção de hormônios masculinos nem em seu desempenho sexual.
Qualquer homem com mais de 25 anos tem direito a fazer vasectomia. Homens com mais de 2 filhos, mesmo antes dos 25 anos, também podem fazer. Se for casado, é necessária a autorização da esposa.
No SUS — Sistema Único de Saúde —, a cirurgia de vasectomia é um direito que faz parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Para consegui-la, o primeiro passo é procurar uma UBS — Unidade Básica de Saúde — e passar por uma avaliação. Feito isso, o médico encaminha o paciente para um especialista, que dará todas as orientações e marcará a cirurgia.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Camisinha feminina
A camisinha feminina é um tubo feito de plástico macio, fino e resistente, que já vem lubrificado e que se coloca dentro da vagina, para impedir o contato do pênis com a vulva e a vagina, as partes externa e interna do órgão sexual feminino.
A camisinha feminina funciona como uma barreira, recebendo o esperma ejaculado pelo homem na relação sexual e impedindo a entrada dos espermatozoides no corpo da mulher. Pode ser colocada na vagina imediatamente antes da penetração ou até oito horas antes da relação sexual. É importante ter cuidado com as unhas para que ela não seja furada acidentalmente.
A camisinha feminina impede o contato entre os órgãos sexuais masculino e feminino, evitando que os microrganismos da vagina entrem em contato com o pênis e vice-versa. É um método que, além de evitar a gravidez, reduz o risco de transmissão do HIV — vírus da imunodeficiência humana — e de outros agentes sexualmente transmissíveis.
É importante conservar as camisinhas femininas em lugar fresco, seco e de fácil acesso. Não se deve guardá-las em bolsas pequenas e carteiras, pois podem se danificar. É preferível deixar em uma mochila ou outro local com menos atrito ou compressão, prestando sempre atenção às condições da embalagem a ao prazo de validade.
A camisinha feminina é considerada um método completo, pois além de evitar a gravidez, protege a mulher de DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — ou hepatite.
Além disso, a camisinha feminina é prática. Não atrapalha o prazer sexual e pode ser colocada com antecedência, sem que seja necessário interromper o ato sexual para isso.
Seu uso regular leva ao aperfeiçoamento na técnica de utilização, reduzindo a frequência de falhas, como ruptura ou escape, e aumentando, assim, a sua eficácia.
A camisinha feminina pode falhar. Isso não é frequente, mas pode acontecer. Por isso, é importante considerar sempre o uso de outro método contraceptivo para uso associado a ela. Isso reduzirá o risco de gravidez por falha de uso do método.
É importante lembrar que, para situações emergenciais, em que a camisinha feminina tiver falhado, a pílula do dia seguinte pode ajudar a evitar gravidez.
Não. A camisinha impede apenas que microrganismos da vagina entrem em contato com o pênis e vice-versa, mas não interfere na produção de hormônios femininos nem em seu desempenho sexual.
Qualquer pessoa que solicitar a camisinha feminina nas unidades de saúde. Mulheres, homens ou adolescentes de qualquer idade. É garantido por lei.
Qualquer pessoa, homem ou mulher, adolescente ou adulto, pode obter a camisinha feminina diretamente no posto de saúde sem precisar passar por uma consulta.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Diafragma
É uma capa flexível de borracha ou de silicone, com uma borda em forma de anel, que é colocada na vagina para cobrir o colo do útero.
O diafragma evita a gravidez impedindo a entrada dos espermatozoides dentro do útero, podendo ser usado com ou sem espermicida. Existem diafragmas de diversos tamanhos, sendo necessária a medição por profissional de saúde para determinar o tamanho adequado para cada mulher.
Deve ser colocado minutos ou horas antes de todas as relações sexuais, antes de qualquer contato entre o pênis e a vagina, e só deve ser retirado de seis a oito horas após a última relação sexual, que é o tempo necessário para garantir que os espermatozoides que ficaram na vagina não estejam mais ativos.
Imediatamente depois de retirar o diafragma, deve-se lavá-lo com água e sabão neutro, secá-lo bem com um pano macio e guardá-lo em um estojo, em lugar seco e fresco, não exposto à luz do sol.
Não se deve polvilhar o diafragma com talcos, pois podem danificá-lo ou causar irritação na vagina ou no colo do útero.
Quando a mulher está bem orientada, a colocação do diafragma é tão simples quanto a de lentes de contato e não dói. O fato de ser colocado com antecedência permite também que o ato sexual não seja interrompido para isso. Além disso, ele não atrapalha a relação sexual nem é percebido pelo homem.
O diafragma não deve ser usado durante a menstruação e também não protege contra DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Por isso, é sempre importante utilizar a camisinha masculina ou feminina.
Não. Quando o diafragma está bem colocado, não atrapalha a relação sexual nem é percebido pelo homem. Ele também não interfere na produção de hormônios femininos nem em seu desempenho sexual.
Mulheres de qualquer idade, inclusive adolescentes, têm direito ao diafragma.
É necessário passar por uma consulta com o ginecologista. Sendo realizada a escolha por este método contraceptivo, o médico vai realizar um exame clínico para ver o tamanho ideal do diafragma para aquela paciente.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Implante subcutâneo
O implante subcutâneo é um tubinho de silicone contendo hormônio, que é introduzido abaixo da pele (por isso, “subcutâneo”), normalmente no braço, e tem duração de 3 anos.
O implante vai liberando hormônio lenta e diariamente durante 3 anos, impedindo a ovulação da paciente.
A mulher não precisa tomar outros cuidados, já que o implante evita a gravidez, de forma contínua, por 3 anos. Além disso, sua inserção é simples, devendo ser feita por um médico e podendo ser removido antes do período de 3 anos se a mulher quiser engravidar.
Algumas mulheres podem ter sangramentos uterinos irregulares durante o uso do implante subcutâneo. Para a retirada, é necessária a realização de um pequeno corte, feito sob anestesia local.
O implante subcutâneo não protege contra DSTs — doenças sexualmente transmissíveis —, como aids, sífilis, HPV — papilomavírus humano — e hepatite. Por isso, é sempre importante utilizar a camisinha masculina ou feminina.
Não. O implante subcutâneo não ocasiona nenhuma alteração na vida sexual.
Todas as mulheres que não tenham contraindicação para o uso de hormônios.
No SUS — Sistema Único de Saúde — existe um protocolo para prescrição, reservando o método para alguns grupos específicos de mulheres.
O público beneficiado inclui adolescentes em situação de vulnerabilidade, usuárias de drogas ilícitas, pessoas com transtornos mentais, em situação de rua, com HIV — vírus da imunodeficiência humana —, aids, em uso de talidomida, privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo ou em tratamento de tuberculose. Mais informações podem ser obtidas na UBS — Unidade Básica de Saúde — mais próxima.
É necessário passar por uma consulta com o ginecologista. Se solicitado no SUS, é necessário checar a disponibilidade deste método, dentro dos protocolos em vigor.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
O IPFAM lembra que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em nosso site e em nossas redes sociais possuem apenas caráter informativo.
Fonte consultada:
BRASIL. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p. Disponível em: < Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais >. Acesso em: 21 ago. 2021.