Porque falar em planejamento familiar pode mudar o Brasil dos próximos anos

metodos contraceptivos

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Instituto Planejamento Familiar propõe acesso universal a métodos contraceptivos como caminho de alternativa de futuro e transformação social

O planejamento familiar é um direito garantido tanto por lei quanto pela Constituição Brasileira. Ele garante às pessoas autonomia para decidir sobre o próprio futuro. Apesar disso, milhões de brasileiros não têm acesso regular aos meios de contracepção e não se beneficiam dos direitos de cuidado reprodutivo previstos por lei e disponíveis no próprio Sistema Único de Saúde – SUS. O planejamento familiar impacta o destino das pessoas e tem efeitos positivos na primeira infância, na permanência dos adolescentes na escola e dos adultos no mercado de trabalho, além de contribuir para a redução da pobreza, da violência doméstica, da criminalidade e da mortalidade materno-infantil.

Para preencher essa lacuna e assegurar que a população brasileira tenha meios de planejar seu futuro reprodutivo é que foi fundado o Instituto Planejamento Familiar, o IPFAM. Comandado pela advogada Ana Clara De Carvalho Polkowski e pela cientista da computação Lilian Leandro, o IPFAM utilizará os canais digitais para se comunicar com a população em idade reprodutiva, quanto aos meios contraceptivos legais disponíveis no Brasil.

“Esse é um tema que se relaciona com muitos outros, mas precisa ser tratado com foco integral, para que seu potencial seja alcançado de forma rápida, com comunicação eficiente e ampla”, esclarece Ana Clara. “Na prática, queremos que todo cidadão conheça e tenha acesso a meios contraceptivos gratuitos e garantidos por lei”, afirma.

“Por exemplo, o Ministério da Saúde disponibiliza o dispositivo intrauterino – DIU – de cobre, nas maternidades brasileiras e postos de saúde e inclui as adolescentes no público beneficiado”, afirma Ana Clara. Apesar disso, segundo dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher em 2008, o DIU é utilizado por menos de 2% das mulheres brasileiras.

A questão para o IPFAM é sobre autonomia, poder de escolha, igualdade de gênero e diminuição do abismo social e racial brasileiro. “Queremos que todo cidadão possa escolher se deseja ter filho e, se sim, quantos e quando”, lembra Lilian.

O Instituto se norteia pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS – da Organização das Nações Unidas – ONU, com foco nos números 3 “Saúde e Bem-estar” e 5 “Igualdade de Gênero”, no que diz respeito a garantia do acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar. “O IPFAM vai atuar para aumentar a proporção de mulheres em idade reprodutiva que utilizam métodos contraceptivos”, pontua Lilian.

A escolha pelo digital – imagens, vídeos e áudios divulgados gratuitamente em redes sociais e website – é uma estratégia escalável e de amplo acesso. “Nosso grande objetivo é levar a informação que se conecte com os adolescentes e a população adulta em todo o Brasil. Assim, promoveremos a transformação através da educação e do poder de escolha individual”, explica Lilian.


Sobre o Instituto

O Instituto Planejamento Familiar foi fundado durante a pandemia com o propósito de assegurar a todo cidadão, o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, com foco no planejamento familiar, por meio da informação e da educação.

Para tanto, disponibiliza conteúdo técnico-científico de forma simples, direta e gratuita para a população em geral, através de canais digitais, apoia os profissionais de saúde com informação sobre o tema e atua em advocacy, na promoção e defesa dos direitos relacionados.


Sobre as Fundadoras

Ana Clara De Carvalho Polkowski é baiana, advogada com longa experiência nas áreas ambiental e tributária com Mestrado em Direito e Pós-graduação em Direito Ambiental pela Universidade de Coimbra e MBA em Gestão e Tecnologias Ambientais pela USP. É vice-presidente da Comissão de Responsabilidade Social da OAB/BA. Atualmente, também integra a Liderança do Grupo Mulheres do Brasil em Salvador.

Lilian Leandro é pernambucana, cientista da computação (UFPE), radicada em São Paulo desde 1991. Após uma carreira corporativa de 23 anos, fez transição para o Terceiro Setor. Diretora de Expansão do Grupo Mulheres do Brasil, durante a pandemia, também integrou a coordenação do movimento nacional Unidos Pela Vacina. Possui MBA em Gestão Estratégica de Operações (USP) e Pós-graduação em Gerenciamento de Sistemas de Informação (PUCCAMP). Participou do The Women’s Leadership Forum na Harvard Business School e acumula experiência na criação e realização de campanhas no Calendário da Saúde do Brasil.

Ana Clara e Lilian têm em comum o interesse pela transformação social promovida pelo foco no acesso universal ao planejamento familiar, por meio da informação e educação. Desde a pandemia, comandam o Instituto Planejamento Familiar.